Aumento dos empregos formais em SC no mês de Março/25 foi impulsionado pelo setor de serviços

04/07/2025 14:31

Tamires Boing*

João Marcelo sovinski2

Os dados do Novo Caged de março/25 evidenciaram que o mercado de trabalho formal do país se expandiu em 0,1%, com a abertura de 71,5 mil vagas. Já em Santa Catarina foram gerados 9,8 mil novos postos de trabalho, correspondendo a um crescimento de 0,4%, conforme demonstrado na Tabela 1. Quando descontados os efeitos sazonais, Santa Catarina apresenta um crescimento da ordem de 0,3% enquanto a expansão no Brasil se torna nula, indicando uma ausência de crescimento real no mês em tela.

Na análise do desempenho acumulado em 12 meses, nota-se que o estado apresentou um crescimento nos estoques de emprego formal superior à média do Brasil, sendo de 4,1% contra 3,5% respectivamente. Do mesmo modo, quando se trata dos vínculos formais gerados no ano de 2025, o estado catarinense apresenta um crescimento de 6,9% frente a 5,1% observado no cenário nacional.

Tabela 1 – Saldo de vínculos formais de trabalho no Brasil e em Santa Catarina (Brasil e Santa Catarina, março/2025)

 Fonte: Novo Caged (2025); Elaboração: NECAT/UFSC

Variação contra mês anterior, na série dessazonalizada ** Estoque de empregos em mar/25 vs. estoque em dez/24*** Estoque de empregos em mar/25 vs. estoque em mar/24¹

Embora haja incertezas relacionadas ao ajuste sazonal na série histórica do Novo Caged², as informações apresentadas no Gráfico 1 indicam que Santa Catarina apresentou um crescimento superior à média nacional, quando descontados esses efeitos sazonais.

Gráfico 1 – Crescimento estimado do estoque de empregos formais (Santa Catarina, 2022-2025) – Série original e com ajuste sazonal

Fonte: Novo Caged (2025) e NECAT/UFSC (2025); Elaboração: NECAT/UFSC

O objetivo deste texto é analisar o desempenho do mercado formal de trabalho catarinense no mês de março de 2025 à luz dos resultados nacionais. Para isso, a seguir serão analisadas a dinâmica da geração de empregos por setor de atividade econômica, o patamar remuneratório e a distribuição regional.

Desempenho por setor de atividade econômica

A Tabela 2 apresenta a distribuição do saldo de empregos formais por setor de atividade econômica no Brasil e em Santa Catarina no mês de março de 2025. No caso do Brasil, foi contabilizado um saldo de 52,5 mil empregos formais vagas formais de trabalho no setor de serviços, saldo que corresponde a uma variação mensal de 0,1%. Tal resultado foi sustentado, sobretudo, pelas contratações no segmento de logística, especialmente no transporte rodoviário de cargas e nas atividades de educação infantil e fundamental. Destacam-se, ainda, as admissões no atendimento hospitalar, possivelmente impactadas pela expansão do programa federal Mais Médicos e integração com atendimento especializado³. No acumulado do ano, o setor desponta como o maior gerador de empregos formais, sendo responsável pela abertura de 362,8 mil novas vagas no ano de 2025 (mais da metade do saldo anual total).

No setor do comércio ocorreu um resultado negativo de 10,3 mil desligamentos no mês em análise, fato que provocou uma retração de 0,1% nos estoques. Essa redução foi influenciada, em grande parte, pelos desligamentos nos subsetores do comércio varejista, principalmente nos destinados ao uso pessoal, como no comércio de artigos de vestuário, acessórios e calçados. Por outro lado, houve contratações nos segmentos de comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios e de supermercados. Mesmo assim, na análise do acumulado do ano o comércio apresenta um déficit da ordem de 13,6 mil postos formais de trabalho.

Tabela 2 – Saldo por setor de atividade econômica no Brasil e em Santa Catarina (março/25)

Fonte: Novo Caged (2025); Elaboração: NECAT/UFSC

O setor industrial apresentou um saldo de 13,1 mil novas vagas, representando um crescimento de 0,1% dos estoques de empregos formais. Tal resultado foi sustentado pelas admissões no processamento industrial do fumo, no abate e fabricação de produtos de carne, principalmente no abate de aves, e na produção de biocombustíveis. Impactando negativamente o saldo, encontram-se os desligamentos na fabricação de açúcar bruto, o que tem sido um fenômeno recorrente nos últimos anos. Destaca-se, todavia, que no acumulado do primeiro trimestre de 2025 a indústria catarinense gerou 153,8 mil novas vagas formais.

O setor que contou com a maior expansão relativa dos estoques foi a construção, cuja geração de 21,9 mil novas vagas representou um crescimento de 0,8% no mês. Ainda que tenha registrado o maior crescimento dentre os setores, essa variação foi inferior à registrada tanto no mês anterior quanto no mesmo mês do ano anterior. Boa parte do saldo da construção em março/25 foi proporcionado pelas contratações na construção de edifícios, subsetor que vem se beneficiando da redução dos custos de produção⁴, e no subsetor de construção de rodovias e ferrovias. Com isso, no acumulado do ano de 2025, o saldo do setor foi de 100,3 mil novas vagas formais de trabalho.

Por fim, o setor agropecuário registrou um saldo negativo de 5,6 mil desligamentos no mês, fato que contribuiu para provocar uma retração de 0,3% nos estoques. Essa redução foi influenciada, em grande parte, pelos desligamentos sazonais no cultivo da maçã, ao mesmo tempo em que o cultivo de soja também apresentou resultados negativos. Em contrapartida e influenciando o saldo positivamente, houve aumento das contratações nos serviços de preparação de terreno, cultivo e colheita de setores e no cultivo de laranja. No acumulado do ano, o setor agropecuário apresentou o segundo menor saldo dentre os demais setores, com 51 mil vagas formais de trabalho.

No estado de Santa Catarina, conforme observado no cenário nacional, o setor de serviços também desponta como principal gerador de empregos formais, com a criação de 5,1 mil vagas, o que resultou num crescimento do setor de 0,5%. Destaque para as admissões na administração pública em geral e nas atividades de limpeza, que apresentaram contribuição considerável para o bom desempenho do setor. Registrem-se, ainda, as admissões no subsetor de publicidade, o qual apresentou o melhor resultado da série do Novo Caged, quando comparado ao mesmo mês dos anos anteriores. Impactando negativamente, ocorreram desligamentos no segmento de alimentação, especialmente em restaurantes, situação que é comum nesse mês com redução do período de férias. Mesmo assim, no acumulado de 2025 o setor de serviços apresenta o segundo maior saldo de contratações do estado, com a geração de 22,5 mil vagas formais.

O setor industrial gerou 3,4 mil postos formais, com uma variação mensal nos estoques de 0,4%. Tal desempenho foi fomentado pelas contratações na fabricação de alimentos, em especial no abate de aves, na fabricação de máquinas e equipamentos, principalmente de válvulas e registros, e na fabricação de tecidos de malha. No recorte do acumulado do ano de 2025, o setor industrial registrou um saldo de 26,5 mil novos postos formais, firmando-se como o maior gerador de vagas do estado dentre os demais setores. Nesse primeiro trimestre de 2025, Santa Catarina assinalou a expansão mais acentuada da produção industrial, quando comparada às demais unidades federativas, registrando uma alta no índice de 8,5%5.

O setor de construção apresentou a maior expansão dos estoques no mês de março, na ordem de 0,9%. Das 1,2 mil novas contratações, aproximadamente metade das vagas se concentra no segmento de construção de edifícios, apresentando um crescimento em relação a Mar/24, mas ainda inferior ao mesmo período dos anos anteriores. Outro segmento de destaque foi nos serviços especializados para construção, especialmente nas obras de alvenaria. No acumulado do ano, o setor de construção registrou um saldo de 9,4 mil vagas formais.

O comércio catarinense contabilizou um saldo de 920 novas vagas, representando um crescimento de 0,2%. Contribuindo positivamente com o desempenho do comércio varejista, houve admissões no comércio varejista com predominância de produtos alimentícios de supermercados. O comércio de peças e acessórios para veículos automotores também destacou-se nas admissões no mês de março, mas, na comparação interanual, o subsetor apresenta um saldo estabilizado. No acumulado de 2025, o setor de comércio apresenta o menor saldo na geração de vagas formais do estado, com 2,5 mil vínculos.

Por fim, o setor agropecuário foi o único dentre os setores a apresentar um saldo negativo, sendo que os 957 desligamentos provocaram uma retração de 1,9% dos estoques. Essa redução é impactada, em sua maioria, pelos desligamentos sazonais na colheita da maçã, considerando que apenas nesse cultivo houve o fechamento de 870 vagas formais. Positivamente, o saldo foi impactado pelas contratações na pesca de peixes em água salgada. Com isso, no acumulado do primeiro trimestre de 2025 o setor agropecuário contabilizou um saldo de apenas 2,6 mil postos formais de trabalho. Todavia, sempre é importante relembrar que esse setor tem a informalidade como uma de suas características dominantes.

Análise da evolução salarial

Em fevereiro de 2025, o salário médio de admissão registrou uma retração de 0,2% em Santa Catarina e um aumento de 0,9% no Brasil, chegando às cifras de R$2.262,06 e R$2.225,17 respectivamente. No estado, observa-se que o salário médio reverte a tendência de crescimento registrado desde o início do ano. Já na esfera nacional, apesar da variação positiva registrada no mês em apreço, o resultado ainda permaneceu num patamar inferior ao catarinense, cujos componentes setoriais de contratações nos setores industrial e de serviços administrativos normalmente apresentam níveis salários acima da média.

Gráfico 2 – Salário médio real de admissão (Brasil e Santa Catarina, 2020-2025)

Fonte: Novo Caged (2025); Elaboração: NECAT/UFSC

Nota: seguindo a metodologia adotada pelo MTE, o salário médio foi deflacionado pelo INPC e calculado desconsiderando vínculos de trabalho intermitente e salários declarados abaixo de 0,3 SM ou acima de 150 SM.

Conforme demonstrado pelos dados da Tabela 3, em março, aproximadamente 90% dos trabalhadores admitidos estão agrupados em faixas salariais de até 2 salários mínimos. Do total de catarinenses contratados em março/25, 11 mil (7%) recebem até 1 salário mínimo, 130,8 mil (82,8%) recebem de 1 até 2 salários mínimos e apenas 16,1 mil trabalhadores recebem salários acima de 2 salários mínimos (pouco mais de 10% do total de contratados).

Tabela 3 – Admissões por faixa salarial (Santa Catarina, março/25)

Fonte: Novo Caged (2025) e RAIS (2025); Elaboração: NECAT/UFSC.

Distribuição geográfica dos empregos em Santa Catarina

 

A Tabela 4 apresenta o saldo e a variação mensal de empregos formais por mesorregião em Santa Catarina em março de 2025. Em termos absolutos, a região do Vale do Itajaí foi destaque em contratações, com a abertura de 2,4 mil vagas, representando uma variação de 0,3%. Grande parte desse resultado decorreu das contratações nos municípios de Itajaí, em especial na administração pública em geral, e em Blumenau nas atividades de publicidade. Negativamente, o desempenho da região foi impactado pelos desligamentos nos serviços de restaurantes, nos municípios de Bombinhas e Balneário Camboriú. Mesmo assim, no acumulado de 2025 a região registrou um saldo de 18 mil empregos, liderando a geração de vínculos formais do estado dentre as demais regiões.

A região Norte apresentou um saldo de 2,2 mil vagas formais com um crescimento de 0,4% nos estoques. Aproximadamente a metade das vagas da região foi gerada na cidade de Joinville, destacando-se o setor industrial de fabricação de válvulas e registros e o setor de serviço, nas atividades de limpeza em prédios. Merece destaque também as admissões no município de Jaraguá do Sul, especialmente no comércio atacadista de mercadorias em geral, e em Corupá, na administração pública em geral. Com isso, no acumulado de 2025 a região registrou um saldo de 13,1 mil postos formais de trabalho.

A região da Grande Florianópolis foi responsável pela geração de 2 mil postos formais, com um crescimento de 0,3%. Parte significativa das contratações se concentrou nas atividades de teleatendimento em Florianópolis, segmento que apresentou um crescimento expressivo quando avaliado na comparação interanual. O mesmo comportamento é observado nas atividades de limpeza em São José, com impactos importantes no resultado da região. Em função disso, no acumulado de 2025 a região contabilizou um saldo de 5,8 mil vínculos formais.

Tabela 4 – Saldo de empregos formais por mesorregião (Santa Catarina, março/25)

Fonte: Novo Caged (2025); Elaboração: NECAT/UFSC.

A região Oeste de Santa Catarina, responsável pela geração de 1,4 mil postos formais, apresentou uma variação de 0,3% no mês. Tal resultado foi puxado pelas contratações no setor de construção, principalmente na construção de edifícios e nos serviços especializados em construção na cidade de Chapecó, além do setor industrial de abate e fabricação de produtos de carnes nos municípios de Videira e Concórdia. Negativamente, o resultado da região foi impactado pelos desligamentos sazonais da colheita da maçã nos municípios de m Fraiburgo e Leblon Régis, porém de forma menos acentuada quando comparada aos anos anteriores. Como resultado final no primeiro trimestre de 2025, a região contribuiu com a contratação de 12 mil postos formais de trabalho.

A região Sul catarinense apresentou um saldo de 1,3 mil empregos formais, com um crescimento nos estoques de 0,4%. Esse resultado foi impactado positivamente pelas contratações na confecção de peças do vestuário na cidade de Criciúma, e na fabricação de estruturas metálicas no município de Capivari de Baixo. No recorte do acumulado do primeiro trimestre de 2025, a região Sul registrou um saldo de 9 mil postos de trabalho formais.

Por fim, apresentando o menor saldo entre as demais mesorregiões, a região Serrana contou com a abertura de 346 postos formais, correspondendo a uma variação de 0,3%. Grande parte das vagas da região foi gerada na cidade de Lages, em especial nas atividades de vigilância e segurança privada e na limpeza em prédios e em domicílios. A região serrana também veio a ser afetada pelos desligamentos sazonais do cultivo da maçã, principalmente nos municípios de Santa Cecília e São Joaquim. Em 2025, a região foi responsável pela geração de 5,4 mil postos formais de trabalho, a menor quantidade de vagas registradas no estado.

A Tabela 5 apresenta o saldo e a variação mensal dos empregos nas cidades catarinenses com mais de 100 mil habitantes. Dentre os 295 municípios de Santa Catarina, esses 13 concentraram a geração de 6,2 mil empregos formais, o que corresponde a mais da metade de todos os vínculos formais criados no estado no mês de março de 2025.

Especificamente, em relação a estas cidades, nota-se que os municípios que mais se destacaram na criação de empregos formais em março foram Joinville, com 1 mil novas vagas, Florianópolis, com 715, seguidas por São José, Itajaí e Criciúma.

Em Joinville, grande parte das vagas foi impulsionada pelo setor industrial, com destaque na fabricação de válvulas e registros utilizados nos processos de construção, e no setor de serviços, particularmente na limpeza em prédios e domicílios. Já Florianópolis, ao apresentar um nível elevado de contratações que não havia sido observado anteriormente, destaca-se o segmento de teleatendimento, que concentrou grande parte das vagas criadas na capital do estado. Em contrapartida, Balneário Camboriú foi a cidade com mais de 100 mil habitantes que apresentou o menor saldo, dado os expressivos desligamentos que ocorreram nos serviços de restaurantes e similares.

Tabela 5 – Saldo das cidades com mais de 100 mil habitantes (Santa Catarina, março/25)

Fonte: Novo Caged (2025); Elaboração: NECAT/UFSC.

Considerações Finais

No mês de março de 2025 o mercado formal de trabalho em Santa Catarina apresentou um saldo positivo de 9,8 mil novas vagas, porém encerrando o trimestre com um resultado inferior aos dois meses anteriores, obtendo assim uma variação de 0,4%. Quando descontados os efeitos sazonais, essa variação cai para 0,3%. Nacionalmente, a variação foi de 0,1%, mas, após o ajuste sazonal, observa-se que não houve crescimento, obtendo uma variação nula.

O setor de serviços impulsionou a geração de empregos formais no estado, especialmente na área da administração pública e nas atividades de publicidade. A indústria também colaborou com parte significativa nessas contratações, especialmente no abate de aves, que no mês contribuiu com um pouco mais de 40% dos produtos exportados pelo estado (SECINT/FIESC), e na fabricação de válvulas e registros. No recorte regional, destacam-se os empregos industriais em Joinville e no serviço de teleatendimento em Florianópolis.

Todavia, registre-se que a média salarial dos trabalhadores catarinenses contratados no mês em apreço apresentou uma retração de 0,2%, chegando ao valor de R$ 2.262,06. Em grande medida, tal fato se explica devido à concentração expressiva de trabalhadores posicionados em faixas salariais que não ultrapassam a dois salários mínimos mensais, fato que sugere a necessidade de maior atenção às condições salariais e à qualidade dos empregos que estão sendo gerados no estado.

Referências Bibliográficas

MINISTÉRIO DO TRABALHO (Brasil). Programa de Disseminação das Estatísticas do Trabalho (org.). NOVO CAGED. 2025. Disponível em: http://pdet.mte.gov.br/novo- caged/. Acesso em: 10 de maio de 2025.


*Graduanda em Ciências Econômicas na UFSC e bolsista do NECAT. Email:tmrsbng@gmail.com

**Graduando em Ciências Econômicas na UFSC e bolsista do NECAT.

1 Embora à primeira vista possa parecer que de março/24 a março/25 contabiliza-se 13 meses, por se tratar de uma medida de variação do estoque mês a mês, o valor acumulado compreende o período de 12 meses.

2 Qualquer dessazonalização feita a partir dos dados do Novo Caged deve ser analisada com muita cautela. Como a série tem início em 2020, a observação de seus padrões sazonais deve ser complementada com os dados do Caged antigo. No entanto, conforme temos alertado constantemente, essas bases não são plenamente comparáveis entre si, uma vez que a transição para o Novo Caged inchou as estatísticas do emprego formal, seja pela inclusão de novas categorias de vínculos, ou pela maior abrangência de captação. Com isso, é possível que haja um viés de alta nos resultados dessazonalizados.

3https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2025/marco/ministerio-da-saude-anuncia-expansao-do-mais-medicos-e-integracao-com-atendimento-especializado

4 https://portal.fgv.br/noticias/igp-m-marco-2025

5https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-sala-de-imprensa/2013-agencia-de-noticias/releases/43368-em-marco-industria-avanca-em-dez-dos-15-locais-pesquisados