Kauê Soares Alexandre*
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) acompanha o comportamento conjuntural do setor de serviços no país e nas 27 Unidades Federativas (UFs) ao pesquisar a receita bruta de serviços em empresas juridicamente constituídas, cujo número de pessoas ocupadas que desempenham como atividade principal um serviço não-financeiro, excluídas as áreas de saúde e educação, seja igual ou superior a 20. Recentemente foi divulgada a vigésima sexta edição da pesquisa, relativa ao mês de fevereiro de 2025, após o início das alterações metodológicas que visaram captar melhor as mudanças econômicas em curso1.
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Luiz Gonzaga Belluzzo*
Manfred Back**
Começamos com uma afirmação que, certamente, vai desfiar desagrados aos cultores da Ciência Sombria. A história do pensamento econômico nos oferece o espetáculo da naturalização da economia. A economia tem que se apresentar como uma esfera autônoma da vida humana e social em que prevalecem leis naturais, às quais os indivíduos deveriam se submeter.
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Ricardo Abramovay*
Novo livro de José Eli da Veiga questiona o alcance e os limites do crescimento econômico em um período em que as atividades humanas se tornaram uma força que pode destruir a vida no planeta. A obra argumenta que, em vez de se fixar na evolução do PIB, é preciso examinar as bases concretas da formação da riqueza e seus efeitos sobre o bem-estar humano e os ecossistemas, ultrapassando tanto o antigo mito do crescimento econômico quanto as propostas recentes de decrescimento
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Paulo Nogueira Batista Júnior*
Posso voltar a falar de BRICS? Já escrevi muito a respeito, provavelmente demais. É que sou talvez o único brasileiro a ter participado das atividades do grupo, continuamente, desde o seu início em 2008 até 2017, o que justifica manter vivo o meu envolvimento no assunto.
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Luiz Gonzaga Belluzzo*
Manfred Back**
Em edição pretérita, a manchete que edulcorava a página de Rosto da Folha de São Paulo anunciava: “Estados Unidos e China, as duas maiores economias do mundo, mantêm trajetórias explosivas para o aumento de suas dívidas públicas.” Os norte-americanos superam os 100% em relação ao PIB (Produto Interno Bruto) e os chineses chegarão a esta marca no final deste ano (hoje está em 96,3%) Em ambos, houve forte aceleração recente, com tendência de alta.
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Paula Sarno*
Carmen Feijó**
Crédito é uma operação financeira que permite ao devedor acessar recursos no presente, comprometendo-se a devolver o valor principal acrescido de juros em um momento futuro. Em teoria, o bem-estar proporcionado às famílias por meio do crédito está relacionado à possibilidade de financiar a aquisição de bens de maior valor — como imóveis, veículos e eletrodomésticos —, lidar com emergências ou suavizar o consumo ao longo do tempo. Nessas situações, espera-se que a ampliação da oferta de crédito funcione como um estímulo à atividade econômica, uma vez que a antecipação de recursos possibilita um nível de consumo superior ao que seria viável apenas com a renda corrente.
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Luis Felipe Miguel*
Na primeira quinzena de maio de 2025, ocorreu na Universidade de Brasília o V Simpósio Nacional sobre Democracia e Desigualdades. Dividi uma mesa com a professora Andréia Galvão, com mediação da cientista política Gabriela Lopes Sales. Publico a seguir a minha intervenção no evento.
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Jaime Cesar Coelho*
Nas últimas semanas o mundo assistiu estarrecido o vaivém da política tarifária do presidente dos EUA. As taxas de câmbio oscilaram, os mercados de capitais balançaram forte, os fluxos de comércio entraram em parafuso e a elite econômica dos EUA deu sinais de que talvez o presidente dos EUA seja, não somente um jogador blefador, mas algo mais perigoso, um doido varrido.
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José Luís Fiori*
Trump não criou o caos global, apenas acelerou o colapso de uma ordem internacional que já vinha ruindo desde os anos 1990, com guerras ilegais, falência moral do Ocidente e a ascensão de um mundo multipolar
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Fernando Nogueira da Costa*
Assim como os ecossistemas não são isolados — e funcionam como partes de um sistema planetário interdependente, também as abordagens econômicas (comportamental, institucionalista, evolucionária, complexa etc.) não deveriam ser pensadas de forma estanque, mas sim como camadas interativas de um mesmo sistema dinâmico de produção, distribuição, circulação e consumo de valor. A Nova Ciência Econômica emerge com uma visão macrossistêmica e holística na qual se pondera os diversos componentes, tipo top-down, antes da avaliação do bottom-up.
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Fernando Nogueira Da Costa*
Thomas Piketty compara as estruturas econômicas da China e do Ocidente, abordando a estabilização da China em uma economia mista, equilibrando propriedade pública e privada.
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Michael Lowy*
Os ecologistas clássicos rejeitam frequentemente Karl Marx como “produtivista” e cego aos problemas ecológicos. Um número crescente de textos ecomarxistas foram publicados recentemente, contradizendo fortemente este equívoco comum. Os pioneiros desta nova pesquisa são John Bellamy Foster e Paul Burkett, seguidos por Ian Angus, Fred Magdoff e outros, que ajudaram a transformar a famosa publicação socialista Monthly Review numa revista ecomarxista.
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Lauro Mattei*
INTRODUÇÃO
A política de valorização do salário mínimo visando promover seu crescimento real, que foi retomada em janeiro de 2023 no início do Governo Lula III, voltou a ser atacada recentemente pelos mesmos personagens de sempre: os representantes do rentismo financeiro no país. E com os mesmos argumentos de sempre: os aumentos reais desse salário são a causa e o potencializador do desequilíbrio fiscal. Recentemente, um velho conhecido desse clero rentista (Armínio Fraga) teve a pachorra de propor o congelamento do salário mínimo, em termos reais, por um período de seis anos.
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Lauro Mattei*
A eleição e as ações iniciais do governo Trump parecem ir mais além de uma simples “guerra comercial” como tem sido divulgado frequentemente. Com sua pose de imperador do mundo, Trump e seus asseclas pretendem retomar doutrinas imperialistas de séculos passados como forma de demonstração de poder absoluto sobre todas as demais nações do planeta.
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Paulo Nogueira Batista Jr*
Sempre digo que o Brasil não cabe no quintal de ninguém. Cheguei a publicar um livro com este título. Nem todo mundo concorda, porém.
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