Abril sinaliza tendência de estagnação do emprego formal em SC

28/06/2022 15:02

Andrey de Paula e Silva[*]
Victor Hugo Azevedo Nass[**]

Dando sequência às análises mensais sobre a evolução do mercado formal de trabalho no Brasil e em Santa Catarina analisam-se as informações relativas ao mês de abril de 2022, segundo os resultados do Novo CAGED. Para isso, serão considerados os saldos mensais e as variações relativas do emprego formal por grupamento de atividade econômica, de gênero, de escolaridade, de faixa de remuneração, das mesorregiões catarinenses e do desempenho das maiores cidades do estado.

De acordo com a Tabela 1, em abril o Brasil apresentou saldo de 197 mil vínculos formais de trabalho, obtendo uma expansão dos estoques de 0,5% no mês. Santa Catarina apresentou saldo de 7,2 mil vínculos formais, com uma alta de 0,3%, nível inferior ao registrado nacionalmente. Esse menor desempenho vem se tornando uma tendência, tanto nacional quanto regional, em razão do arrefecimento das atividades econômicas, as quais já não apresentavam um bom desempenho devido à aceleração inflacionária e ao ciclo de altas da taxa básica de juros.

Tabela 1 – Evolução mensal de estoque, admissões, desligamentos, saldo e variação percentual (Brasil e Santa Catarina, abril de 2021 a abril de 2022)

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Fonte: Novo CAGED (2022); Elaboração: NECAT/UFSC.

No acumulado dos últimos 12 meses[1] foram abertas 2,6 milhões de vagas de trabalho formal no Brasil, representando um crescimento de 6,8% dessa modalidade de emprego. Já em Santa Catarina foram abertas 141,2 mil vagas no último ano, ocasionando uma taxa de crescimento de 6,5%, patamar levemente inferior ao do país.

Evolução do emprego formal no Brasil

Os dados contidos na Tabela 2 relativos ao mês de abril revelam que o setor de serviços apresentou o maior saldo no mês, com 117 mil vagas. Com isso, esse setor acabou sendo responsável por mais da metade do saldo total. Os subsetores que mais contribuíram para esse desempenho positivo foram: alojamento e alimentação (19 mil); educação (17 mil); transporte, armazenagem e correio (16 mil); e atividades administrativas e serviços complementares (15 mil). Em termos relativos, o setor de serviços teve alta de 0,6% no mês e de 7,7% no acumulado em 12 meses.

Tabela 2 – Saldo por grupamento de atividade econômica (Brasil, abril de 2022)

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Fonte: Novo CAGED (2022); Elaboração: NECAT/UFSC.

Com saldo de cerca de um quarto do anterior, o comércio obteve o segundo maior saldo mensal, abrindo 29 mil vagas no país, o que representou uma alta de 0,3%. Neste caso, nota-se que o comércio varejista respondeu pela metade desse saldo, ou seja, 17 mil novas vagas. Com isso, no acumulado mensal o setor teve um crescimento de 6%.

No setor industrial verificou-se o terceiro maior saldo mensal, com 26,4 mil novas vagas. Isso equivale a uma alta no mês de apenas 0,3% e um acúmulo anual de 4,8%. Esse baixo desempenho acumulado, que é o menor entre esses setores, se deve à estagnação da produção física industrial, a qual acumulou nos últimos 12 meses uma retração de -0,3%. Dentre as atividades industriais que estão abrindo vagas destacam-se os seguintes subsetores da indústria de transformação: fabricação de produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (6,2 mil) e fabricação de produtos alimentícios (3,5 mil).

A construção fica logo atrás, com 25,3 mil novas vagas, mostrando o maior crescimento relativo no mês, com alta de 1,1%. No acumulado do ano o cenário se repete, com alta de 10,4%. Dentre os subsetores, destacam-se a construção de edifícios (12,6 mil vagas) e os serviços especializados da construção (10,2 mil), os quais se tornaram os principais responsáveis pelo saldo positivo do setor.

Apesar da agropecuária apresentar saldo negativo de mil vagas, o comportamento das atividades agrícolas foi muito heterogêneo, com saldos positivos nos seguintes subsetores: cultivo de cana-de-açúcar (5,4 mil); produção de sementes certificadas (2,6 mil); e cultivo de café (2,3 mil). Já saldos negativos se concentraram nas atividades de cultivo de soja (-3,6 mil), cultivo de maçã (-3 mil) e cultivo de laranja (-2,7 mil). Em grande medida, o início e o fim do ciclo desses cultivos explicam as variações registradas.

A Tabela 3 apresenta o saldo dos vínculos formais de trabalho por sexo no Brasil. Houve maior participação da força de trabalho masculina no mês de abril, ou seja, o saldo dos homens foi de 113,6 mil, enquanto a participação das mulheres foi de 83,3 mil. A justificativa para uma maior predominância masculina durante esse mês é o baixo nível de admissões das mulheres dentro dos setores de construção e indústria. Somente na construção foram admitidos 20 mil homens a mais em relação às mulheres, enquanto na indústria essa correlação foi de 11 mil vagas a mais de homens. No agregado dos últimos 12 meses a participação masculina apresentou um saldo com 21 mil vagas a mais em relação à participação feminina. Todavia, as mulheres apresentaram crescimento de 1,4 p.p. maior que o dos homens no mesmo período.

Tabela 3 – Saldo por sexo (Brasil, abril de 2022)

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Fonte: Novo CAGED e RAIS (2022); Elaboração: NECAT/UFSC.

A Tabela 4 apresenta a distribuição do saldo de empregos formais no mês de abril, segundo o nível de escolaridade. A faixa dos trabalhadores que possuem ensino médio completo teve o maior saldo e também a maior taxa de crescimento em um ano, ou seja, 158 mil novas vagas e 8,2%, respectivamente. As novas vagas no setor de serviços são constituídas quase integralmente por esta faixa, sendo 84 mil vagas ocupadas por trabalhadores com ensino médio completo. Essa faixa também é responsável por mais de 70% de todas as vagas abertas no último ano. Com o segundo maior saldo, aparecem os trabalhadores com ensino superior completo, com 17 mil vagas, estando também extremamente concentrados no setor de serviços, principalmente na área de educação.

Tabela 4 – Saldo por nível de escolaridade ajustado (Brasil, abril de 2022)

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Fonte: Novo CAGED e RAIS (2022); Elaboração: NECAT/UFSC.

A Tabela 5 apresenta a distribuição do emprego formal por faixa de remuneração. Em primeiro lugar, observa-se que a grande maioria dos postos formais de trabalho está localizada na faixa de remuneração entre 1 a 2 salários mínimos, ou seja, 77% das novas vagas criadas no mês de abril/22 se localizam nessa faixa.  Já a faixa de remuneração de 0,5 a 1 salário mínimo, que gerou 34,4 mil novas vagas formais de trabalho no mesmo período, representa 17% do total de vagas do mês. Apesar dessa faixa ter atingido o segundo maior saldo no mês em apreço, no acumulado dos últimos 12 meses tal faixa teve uma queda de 52,8 mil vagas, o que representa uma retração de 1,4%. Finalmente, a faixa de até 0,5 salário mínimo respondia por 4% do total de vagas em abril/22, destacando-se que a mesma apresentou a maior taxa de crescimento acumulada nos últimos 12 meses, ou seja, 19%.

O comportamento dos postos formais de trabalho por faixas de renda revela que  98% de todas as vagas criadas em abril/22 não ultrapassaram uma remuneração com mais de 2 salários mínimos. Tal cenário indica que, embora os postos formais de trabalho estejam crescendo no país, em termos de remuneração eles estão sendo concentrando em faixas de renda menores, fato que caracteriza uma precarização das relações formais de trabalho. Como o país está enfrentando uma grave crise econômica com aceleração inflacionária – lembrando que o acumulado da inflação em abril/22 foi 12,1% (IPCA, IBGE) – são os trabalhadores que recebem as menores faixas salariais que sofrerão os efeitos inflacionários, via corosão do poder de compra dos salários.

Tabela 5 – Saldo por faixa de remuneração (Brasil, março de 2022)

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Fonte: Novo CAGED e RAIS (2022); Elaboração: NECAT/UFSC.

Nota: Faixas de remuneração em salários mínimos de 2022 (R$ 1.212).

Evolução do emprego formal em Santa Catarina

A tabela 6 apresenta a evolução do emprego formal em Santa Catarina no mês de abril/22, segundo os grupos de atividades econômicas. Inicialmente verifica-se que no mês em apreço foram gerados apenas 7.238 novos postos formais de trabalho no estado, sendo que 6.359 deles foram ofertados pelo setor de serviços. Em termos percentuais, esse setor respondeu por 88% das vagas formais geradas no mês de abril/22. Isso representa uma variação mensal de 0,7%, patamar que se situou abaixo do setor de construção, cuja variação foi de 1,6%, a maior dentre todos os setores. Dentre os subsetores de serviços, os melhores resultados foram registrados em informação e comunicação, com 2 mil vagas, e transporte, armazenagem e correio, que abriu 1,4 mil vagas. No acumulado de 12 meses o setor de serviços apresentou a segunda maior taxa de crescimento, ou seja, 8,1%.

Com 1,9 mil novas vagas, o setor de construção vem na sequência, sendo os subsetores de construção de edifícios e serviços especializados para a construção que juntos somaram 1,5 mil vagas formais, quase a totalidade do setor. Tanto no mês quanto no acumulado, esse foi o setor que mais se destacou nas taxas de crescimento, atingindo 1,6% no mês e 13,8% no ano.

Tabela 6 – Saldo por grupamento de atividade econômica (Santa Catarina, abril de 2022)

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Fonte: Novo CAGED (2022); Elaboração: NECAT/UFSC.

O comércio registrou 1,1 mil novas vagas, mantendo a estagnação do setor, com uma variação de 0,2% no seu estoque de vagas formais. Esse saldo representa uma distribuição bem homogênea dentro os subsetores do comércio não ocorrendo nenhum subsetor se destacando demais em relação aos outros. Entretanto vale a menção dos 300 desligamentos presentes no comércio varejista não especializado. No acumulado, o setor comercial teve crescimento de 6,2%.

Diferente do que foi visto nacionalmente, em Santa Catarina ocorreram saldos negativos em dois setores. A agropecuária foi o setor que apresentou o pior resultado, com perda de 1.229 vagas formais no mês. Em termos percentuais, isso significou uma variação negativa no mês da ordem de 2,7%, mesmo que o acumulado do ano tenha apresentado uma variação positiva de 2,4%. Em grande medida, as perdas de abril/22, estão concentradas na atividade da macieira, devido ao fim do ciclo da colheita dessa fruta. Já o setor industrial teve uma baixa de 884 vagas, o que representou uma queda de 0,1% no mês, ainda que no acumulado do ano o crescimento tenha sido de 4%. Essa queda de vagas no setor industrial catarinense guarda uma correspondência com a realidade nacional do setor. No caso particular de Santa Catarina, o subsetor da indústria têxtil foi aquele que promoveu o maior número de desligamentos, com redução de 465 vagas formais de trabalhos apenas no mês em apreço.

A Tabela 7 apresenta a evolução dos vínculos formais de trabalho no mês de abril/22, segundo o sexo dos trabalhadores. Assim, das 7.238 contratações no referido mês, 3.826 foram ocupadas por mulheres, ou seja, 53%. O restante das vagas foi ocupado por homens. Com exceção do setor de construção, todas as contratações nos demais setores foram lideradas pelas mulheres, ainda que a diferença seja pequena. No acumulado de um ano, as mulheres apresentaram um saldo maior em cerca de 6 mil vagas, o que explica a variação de 6,6% das contratações femininas. Em grande medida, pode-se afirmar que está ocorrendo uma recomposição da participação feminina nos vínculos formais de trabalho no estado, uma vez que as mulheres foram as mais afetadas pela pandemia, especialmente no primeiro ano.

Tabela 7 – Saldo por sexo (Santa Catarina, abril de 2022)

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Fonte: Novo CAGED e RAIS (2022); Elaboração: NECAT/UFSC.

A Tabela 8 apresenta o saldo do emprego formal catarinense no mês de abril/22, segundo o grau de escolaridade. Da mesma forma que o observado no país, as pessoas com ensino médio completo foram aquelas que mais conseguiram as vagas formais de emprego no estado, ou seja, 82% do total. Já a faixa de ensino superior completo, com 1.195 vagas, respondia por 16,5% do total mensal. Com isso, observa-se que nestas duas faixas de escolaridade estavam concentradas 88,5% das contratações. As faixas analfabeto e fundamental incompleto foram aquelas que tiveram quedas das vagas formais de trabalho. Esses dados indicam que a geração de postos formais de trabalho no estado está se concentrando cada vez mais nos níveis de escolaridade mais avançados.

Tabela 8 – Saldo por nível de escolaridade (Santa Catarina, março de 2022)

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Fonte: Novo CAGED e RAIS (2022); Elaboração: NECAT/UFSC.

Analisando-se o acumulado dos últimos 12 meses, nota-se que a faixa de ensino médio completo representa 66,5% da variação acumulada, com saldo de 94 mil novos vínculos, uma vez que foi a faixa com a segunda maior variação positiva nos últimos 12 meses, com expansão de 8,1%, somente atrás da faixa ensino médio incompleto, a qual teve uma variação de 10,1%.

A Tabela 9 apresenta a distribuição do emprego formal no mês de abril/22, segundo as faixas de remuneração. A faixa entre 1 e 2 salários mínimos, com 5.654 mil vínculos formais, respondia por 78% do saldo mensal total. O segundo maior saldo ocorreu na faixa de 0,5 a 1 salário mínimo, com 1.391 vagas. Com isso, a maioria absoluta de todos os postos formais de trabalho se concentra nessas duas faixas de renda. Esse comportamento é até mais expressivo que o verificado para o conjunto do país, indicando que a precarização das condições salariais pode estar sendo mais expressiva em Santa Catarina, comparativamente ao conjunto do país. E isso tem implicações diretas sobre a capacidade de reprodução das condições de vida dessas camadas de assalariados que recebem, no máximo, até dois salários mínimos mensais.

Tabela 9 – Saldo por faixa de remuneração (Santa Catarina, março de 2022)

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Fonte: Novo CAGED e RAIS (2022); Elaboração: NECAT/UFSC.

A tabela 10 mostra a distribuição mesorregional dos empregos formais no mês de abril/22. Inicialmente destaca-se que a região da Grande Florianópolis, com um saldo 3.750 postos formais de trabalho no referido mês, respondia por aproximadamente 52% de todos os vínculos formais criados no período analisado. Esse crescimento foi causado pela recuperação do setor de serviços, principalmente pelos subsetores de informação e comunicação, na área de tratamento de dados e serviços de hospedagem na internet. Com isso, a região apresentou a maior variação positiva dentre todas as regiões no acumulado de 12 meses.

Tabela 10 – Saldo por mesorregião (Santa Catarina, abril de2022)

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Fonte: Novo CAGED (2022); Elaboração: NECAT/UFSC.

A região do Vale do Itajaí registrou o segundo maior saldo do mês de abril e o maior saldo no acumulado do ano, mediante a abertura de 1,8 mil e 45,4 mil vagas, respectivamente. Em termos relativos, apresentou-se uma taxa de crescimento de 0,3% no mês. O desempenho do Vale do Itajaí foi impulsionado pelo setor de serviços onde a administração pública foi o grande responsável pelo valor positivo dentro do saldo. No acumulado anual a região cresceu 7,7%.

Na sequência, a região Sul apresentou um saldo positivo de 1,4 mil vínculos, sendo o terceiro maior saldo, com crescimento de 0,5%. O setor de serviços foi o principal responsável por esse aumento, destacando-se as atividades de locação de mão de obra temporária.

O Oeste Catarinense abriu somente 526 vagas em abril, ficando estagnado, com uma variação de 0,1% em seu estoque de vagas formais de trabalho. Os serviços de transporte terrestre impediram que o saldo atingisse um patamar negativo. Com isso, a região atingiu um saldo anual de 15,2 mil vínculos formais de trabalho e um aumento de 3,9% no ano, variação bem abaixo da média estadual.

A região Norte também apresentou estagnação, com saldo de somente 340 vagas em abril, uma variação de apenas 0,1% também. Esse resultado foi muito influenciado pelo alto índice de desligamentos concentrados no setor da indústria de transformação. O acumulado do ano da mesorregião foi de 5%.

Por último, a região Serrana foi a única que obteve variação percentual mensal negativa, porém acumulando alta de 6,5% nos últimos 12 meses. O único setor desta mesorregião que não apresentou saldo negativo foi o comércio, onde a área que mais teve destaque foi o setor de varejo.

A Tabela 11 os saldos das 13 cidades de Santa Catarina que possuem mais de 100 mil habitantes, destacando-se que as mesmas foram responsáveis por 76% de todos os postos formais criados durante o mês de abril/22. Florianópolis aparece novamente como protagonista da expansão do emprego formal no estado, uma vez que respondeu por 35% do saldo mensal de todo o estado. Das 2.536 vagas formais criadas nessa cidade, 85% delas foram impulsionadas pelo setor de serviços, o qual havia sido fortemente afetado durante o primeiro ano da pandemia quando ainda não havia vacinas disponíveis e o controle da doença era feito por meio do controle das movimentações das pessoas no sentido de se evitar aglomerações.

Tabela 11 – Saldo das cidades com mais de 100 mil habitantes (Santa Catarina, março de 2022)

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Fonte: Novo CAGED (2022); Elaboração: NECAT/UFSC.

O município de Itajaí, com a abertura de 700 vagas formais, passou a ser a segunda cidade com maior participação, representando aproximadamente 10% do saldo estadual. Neste caso, nota-se que mais da metade dos vínculos formais de trabalho gerados nessa cidade estavam concentrados na fabricação de produtos alimentícios.

Em contraste aos dois maiores saldos, Joinville é o único município do grupo dos 13+ com saldo negativo. Isso porque houve muitos desligamentos no setor da indústria, destacadamente nas atividades de fabricação de produtos de borracha e de metalurgia.

Considerações Finais

Os dados dos postos formais de trabalho criados no mês de abril/22 configuram uma tendência de estagnação do emprego formal no estado diante do cenário macroeconômico do país que também afeta o estado. Setorialmente, nota-se que os serviços, como tem sido rotineiro nos últimos meses, é o setor que mais abriu vagas, processo que é registrado tanto no país como em Santa Catarina. Regionalmente, os maiores destaques ficam por conta do desempenho dos municípios mais populosos do estado, principalmente a capital do estado e o município de Itajaí, sendo que somente a capital do estado foi responsável por 35% do saldo estadual. Além disso, permanece a tendência de geração de empregos com baixa remuneração, apesar de se concentrarem nos níveis mais elevados de escolaridade. Esse cenário indica uma tendência de precarização das condições de vida dos assalariados, especialmente daqueles que recebem menos de dois salários mínimos mensais.

Referências

DEPARTAMENTO INTERSINDICAL DE ESTATÍSTICA E ESTUDOS SOCIOECONÔMICOS. (org.). Valor da cesta básica aumenta em todas as capitais em março. 2022. Disponível em: https://www.dieese.org.br/analisecestabasica/2022/202203cestabasica.pdf. Acesso em: 17 jun. 2022.

IBGE. Sidra – Sistema de tabelas estatísticas: índice nacional de preços ao consumidor amplo. Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo. Disponível em: https://sidra.ibge.gov.br/home/ipca/brasil. Acesso em: 16 jun. 2022.

MINISTÉRIO DO TRABALHO (Brasil). Programa de Disseminação das Estatísticas do Trabalho (org.). NOVO CAGED. 2022. Disponível em: http://pdet.mte.gov.br/novo-caged. Acesso em: 15 jun. 2022.

ROSA, Matheus. Produção industrial catarinense teve expansão em abril/22. Disponível em: https://necat.ufsc.br/producao-industrial-catarinense-teve-expansao-em-abril22. Acesso em: 18 jun. 2022.


[*] Estudante de Economia na UFSC e bolsista do Necat.

[**]  Estudante de Economia na UFSC e bolsista do Necat.

[1] A variação acumulada em 12 meses refere-se ao crescimento do estoque de empregos formais entre maio de 2021 e abril de 2022