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As tarifas comerciais do governo trump e seus possíveis impactos sobre as exportações catarinenses
Lauro Mattei*
Desde o início do segundo mandato do Governo Trump (janeiro de 2025) o centro do debate tem sido a política comercial dos EUA em relação ao restante do mundo. Na verdade, Trump apenas está retomando assunto que já havia sido bastante polêmico em seu mandato anterior (2017-2020). Naquela época, visando conter os déficits comerciais dos EUA com a China, houve um aumento médio das tarifas sobre as exportações daquele país de 1,5% para 2,5%. Registre-se que tal processo foi implementado à época em conflito aberto com as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC) que estavam em vigor.
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No mês de maio/25 a geração de empregos formais no setor de serviços compensou as perdas nos setores agropecuário e comércio
Tamires Boing*
João Marcelo sovinski**
Os dados do Novo Caged de maio/2025 evidenciaram que o mercado de trabalho formal do país se expandiu em 0,3%, com abertura de 148,9 mil vagas. Já em Santa Catarina foram gerados 366 novos postos de trabalho, o que corresponde a uma expansão praticamente nula e indica ausência de crescimento no mês, conforme demonstrado na Tabela 1. Quando descontados os efeitos sazonais, o crescimento do país permanece o mesmo (0,3%), enquanto em Santa Catarina, após o ajuste, ocorreu uma expansão de 0,2%.
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Setor de serviços catarinense contraiu 0,9% em maio/25
Kauê Soares Alexandre*
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) acompanha o comportamento conjuntural do setor de serviços no país e nas 27 Unidades Federativas (UFs) ao pesquisar a receita bruta de serviços em empresas juridicamente constituídas, cujo número de pessoas ocupadas que desempenham como atividade principal um serviço não-financeiro, excluídas as áreas de saúde e educação, seja igual ou superior a 20. Em 11 de julho foi divulgada a vigésima nona edição da pesquisa, relativa ao mês de maio de 2025, após o início das alterações metodológicas que visaram captar melhor as mudanças econômicas em curso2.
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Comércio varejista catarinense sofreu redução de 2,1% no mês de maio/25
Rafael Nicolo Serra Ferreira*
A Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), elaborada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é um indicador fundamental que acompanha o comportamento conjuntural do varejo no Brasil. A pesquisa investiga a receita bruta de revenda em empresas formalmente constituídas, com 20 ou mais pessoas ocupadas, cuja atividade principal é o comércio. Realizada mensalmente, a PMC abrange as 27 Unidades da Federação e produz indicadores de volume e receita nominal de vendas, com séries atualizadas periodicamente, tendo o ano de 2022 como base de referência. A análise também contempla o comércio varejista ampliado, que inclui os segmentos de veículos, motos, partes e peças e material de construção.
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Produção industral catarinense recuou 0,2% em maio de 2025
Gabriel Schwalbe Hoffmann*
A pesquisa sobre a Produção Industrial Mensal – PIM Regional é realizada pelo IBGE desde a década de 1970 sintetizando um conjunto de indicadores de curto prazo relativos ao comportamento da produção real da indústria extrativa e de transformação. Para tanto, são produzidos índices mensais para 17 unidades da federação segundo o critério de que tais unidades federativas tenham participação de, no mínimo, 0,50% do total do valor da transformação nacional. Ressalta-se que no caso da região Nordeste é realizado um agregado regional, razão pela qual tal região figura junto com as unidades federativas na divulgação das informações, conformando o horizonte de 18 localidades pesquisadas.
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Economia neoclássica versus economia keynesiana
Marcos de Queiroz Grillo*
Os neoclássicos, no seu intento de desenvolvimento de uma análise precisa, rejeitaram a realidade e verdades óbvias universais, agarrando-se na ficção
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Uma teoria da regulação do capitalismo
Michel Aglietta*
Esse é um texto da clássica obra do economista francês Michel Aglietta que faleceu no início de 2025, cujo título original é: Regulação e crises do capitalismo: as experiências dos Estados Unidos, publicado em 1976.
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Mapa da fome e mapa dos juros
Paulo Kliass*
O Brasil saiu novamente do Mapa da Fome, de acordo com informações divulgadas pela “Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura” (FAO/ONU). A novidade foi apresentada durante o evento denominado 2ª Cúpula de Sistemas Alimentares da ONU, realizado no final de julho na Etiópia. A primeira vez que tal fato ocorreu foi em 2014, quando o País apresentou resultados de políticas públicas que permitiram que saíssemos do Mapa da Fome. Esta importante conquista havia sido alcançada depois de uma sequência de 11 anos de programas governamentais iniciados no primeiro mandato de Lula em 2003. Um dos instrumentos mais conhecidos para tal feito é o Programa Fome Zero.
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Brasil: Campeão mundial da usura e da desigualdade
Paulo Nogueira Batista Jr*
A usura como política de Estado não é técnica – é opção política. Enquanto o Brasil liderar rankings de desigualdade e juros reais, seguirá refém de um sistema que transfere riqueza do trabalho para o capital, do público para o privado, do futuro para o presente
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A política tarifária do governo dos EUA e seus possíveis reflexos sobre as exportações brasileiras
Lauro Mattei*
INTRODUÇÃO
É importante recordar o processo histórico da política comercial global. Após o final da Segunda Guerra Mundial foi criado, em 1947, o Acordo Geral de Tarifas e Comércio (GATT), que vigorou até 1995. Em janeiro daquele ano foi firmado o acordo de Marakech que resultou na criação da Organização Mundial do Comércio (OMC), com o objetivo de ordenar o funcionamento do comércio mundial por meio da solução de controvérsias e do combate de práticas anticoncorrenciais. Para tanto, foram definidos cinco princípios fundamentais de ação dessa organização global: a não discriminação, a previsibilidade, a concorrência leal, a proibição de restrições quantitativas e o tratamento especial para países em desenvolvimento.
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Ecos do tarifaço
Luis Felipe Miguel*
Seis dias depois de Donald Trump divulgar suas ameaças, as reações no Brasil já estão claras.
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As reações destemperadas dos EUA
Paulo Nogueira Batista Júnior*
A carta destemperada de Trump é um sintoma da decadência que ele mesmo nega.Enquanto isso, os BRICS avançam na construção de instituições paralelas – não por revanchismo, mas pela simples constatação de que um sistema financeiro saudável não pode depender de um hegemon que confunde poder com petulância.
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Has Brazil invented the future of money?
Paul Krugman*
Na semana passada, a Câmara dos Deputados dos EUA aprovou a Lei Genius, que impulsionará o crescimento das stablecoins, [moedas digitais privadas, atreladas ao dólar] abrindo caminho para futuros golpes e crises financeiras. Na quinta-feira, os deputados norte-americanos também aprovaram um projeto que proíbe o Federal Reserve (Fed, banco central) de criar uma moeda digital pública (Central Bank Digital Currency, ou CBDC) — ou mesmo de estudar a ideia.
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A fragilidade financeira dos EUA
Thomas Piketty*
Assim como o padrão-ouro e o colonialismo ruíram sob o peso de suas próprias contradições, o excepcionalismo do dólar também chegará ao fim. A questão não é se, mas como: será por meio de uma transição coordenada ou de uma crise que deixará cicatrizes ainda mais profundas na economia global?
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O fim de uma era: O que virá depois da globalização?
Apóstolos Thomadakis*
A era do consenso global acabou, exigindo uma abordagem nova, estratégica e resiliente à globalização.
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