Mercado formal de trabalho catarinense sofre forte queda em dezembro, mas fecha 2021 com alta de 8%

23/03/2022 14:34

Victor Hugo Azevedo Nass[*]

Dando sequência aos acompanhamentos mensais publicados no blog do Necat, o objetivo deste texto é analisar o comportamento do mercado formal de trabalho do Brasil e de Santa Catarina em dezembro de 2021, a partir dos resultados do Novo CAGED[1]. Para isso, serão analisados os saldos mensais e as variações relativas do emprego formal por grupamento de atividade econômica, gênero, escolaridade, faixa de remuneração e mesorregião geográfica.
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Emprego formal em Santa Catarina: comércio e serviços compensam perdas da indústria em novembro

10/02/2022 10:27

Por: Victor Hugo Azevedo Nass[1]

Dando sequência aos acompanhamentos mensais publicados no blog do Necat, o objetivo deste texto é analisar o comportamento do mercado formal de trabalho do Brasil e de Santa Catarina em novembro de 2021, a partir dos resultados do Novo CAGED[2]. Para isso, serão analisados os saldos mensais e as variações relativas do emprego formal por grupamento de atividade econômica, gênero, escolaridade, faixa de remuneração e mesorregião geográfica.

De acordo com a Tabela 1, em novembro o Brasil apresentou saldo positivo de 324 mil vínculos formais de trabalho. Já Santa Catarina teve saldo de 17,8 mil novos vínculos.  Ambas as regiões registraram uma alta de 0,8% no mês.
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Tags: mercado de trabalho

Renda das famílias catarinenses caiu 10% em 2020, mesmo com o Programa Auxílio Emergencial

11/01/2022 20:17

Por: Vicente Loeblein Heinen[1] e Lauro Mattei[2]

A renda total que cada família dispõe pode ser composta por diversas fontes. Para a maioria da população, a principal delas é o trabalho, seja ele realizado por um ou mais membros do domicílio. Desde o início da pandemia da Covid-19, temos acompanhado precisamente o comportamento dessa fonte de renda, que é a única cujos dados são disponibilizados trimestralmente pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC)[3]. As informações referentes às demais fontes de renda são divulgadas apenas na versão anual da PNADC, que teve sua edição de 2020 divulgada pelo IBGE em dezembro de 2021. Tais dados subsidiaram a Síntese dos Indicadores Sociais (SIS) de 2020, também recentemente divulgada.

No âmbito nacional se observou que o rendimento médio per capita foi de R$ 1.349 em 2020, representando uma queda de 4,3% em relação a 2019, quando essa cifra foi de R$ 1.410. Segundo a SIS 2020, caso não tivessem sido ampliados os programas sociais de transferência de renda, essa queda teria sido de 8,4%, colocando o rendimento geral do país no patamar de R$ 1.269. Além disso, com os programas sociais, o Índice de Gini – que mede a desigualdade de renda – sofreu uma queda de 3,7%, passando do patamar de 0,544 (2019) para 0,524 (2020). Caso não tivessem sido implementados os benefícios sociais, esse índice teria atingido a marca de 0.573, correspondendo a um aumento de 2,3%.
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O mercado de trabalho catarinense ao final do terceiro trimestre de 2021

17/12/2021 20:10

Por: Lauro Mattei[1] e Victor Hugo Azevedo Nass[2]

Breves notas sobre o cenário geral do emprego no país

Ao final de novembro/21 o IBGE divulgou os resultados da PNAD Contínua relativa ao terceiro trimestre de 2021. Os principais indicadores desse instrumento estatístico são construídos com base no conceito de força de trabalho, que é a soma da população ocupada (que estava trabalhando na semana de referência da pesquisa) e desocupada (que não estava trabalhando, mas que procurou trabalho no mês de referência da pesquisa e que estava disponível para assumir uma vaga, caso encontrasse).

Considerando-se que o mercado de trabalho de Santa Catarina continua sendo impactado pelos movimentos gerais da economia do país, apresenta-se inicialmente uma breve síntese de situação geral do mercado de trabalho brasileiro em tempos de pandemia.  Em primeiro lugar, se constata que a taxa de desocupação sofreu uma queda de 1,6 ponto percentuais em relação ao segundo trimestre de 2021, passando de 14,2% (Trimestre anterior) para 12,6% (3º Trimestre/21). Em termos absolutos, isso significou a existência de 13,5 milhões de pessoas desocupadas.

Espacialmente, observou-se uma redução de tal taxa em 20 das 27 Unidades da Federação (UFs) pesquisadas, sendo que as maiores taxas foram verificadas em PE (19,3%), BA (18,7%), AP (17,5%) e AL (17,1%).  Já as menores taxas de desocupação foram registradas em SC (5,3%), MT (6,6%) e MS (7,6%). Todavia, quando essas informações são cruzadas por gênero e raça, as disparidades se tornam bastantes expressivas no conjunto do país. Enquanto a taxa de desocupação para os homens foi de 10,1%, para as mulheres atingiu o patamar de 15,9%. Já em relação à raça, essa taxa dos brancos foi de 10,3% e a dos pretos 15,8%.
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TD 045/2021 – Panorama do mercado de trabalho de Florianópolis entre 2012 e 2019

23/03/2021 14:28

Texto para Discussão 045/2021, de autoria de Vicente Loeblein Heinen, dá um panorama do comportamento do mercado de trabalho do município de Florianópolis no período entre 2012 e 2019. A partir de informações da PNAD Contínua, o texto analisa aspectos como as tendências demográficas da capital, a dinâmica da força de trabalho e os indicadores de desemprego aberto e oculto, além da distribuição das ocupações por setor de atividade econômica, categoria do emprego e por classes de renda.

Os resultados do estudo apontam para uma tendência de forte deterioração do mercado de trabalho de Florianópolis a partir de 2014, com baixo crescimento do emprego face ao avanço da população em busca de trabalho. Quanto às tendências do emprego, alerta para o rápido aumento da informalidade no município, tendo em vista a concentração das vagas em atividades de baixa produtividade e majoritariamente informais. Além disso, são identificadas as tendências de estagnação do nível salarial e de ampliação da desigualdade de renda na capital catarinense.

Confira este e outros trabalhos na aba Textos para Discussão.

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Razões para Santa Catarina apresentar o maior saldo de empregos formais entre os estados do Brasil em 2020

16/02/2021 16:03

Por: Vicente Loeblein Heinen[1]

O mercado de trabalho foi uma das áreas onde os impactos da crise da Covid-19 ficaram mais evidentes. Com isso, os resultados periódicos das principais bases de dados sobre o tema vieram para o centro do debate. A despeito da importância e do reconhecido rigor das pesquisas do IBGE, como a PNAD Contínua e a PNAD Covid-19 (versão especialmente elaborada para captar os impactos da pandemia), em Santa Catarina esse debate se deu basicamente em torno do Novo Caged, instrumento do Ministério da Economia que condensa as movimentações das carteiras de trabalho do país[2].

Tal ganho de visibilidade não se deve apenas à maior agilidade na divulgação dos dados mensais dessa base de dados, mas principalmente aos seus resultados. No acumulado de 2020, Santa Catarina apresentou o maior saldo de empregos formais dentre todas as unidades da federação, gerando 53 mil vínculos formais de trabalho[3]. Esse resultado foi amplamente repercutido pelo Governo do Estado e pelos principais veículos de comunicação catarinenses, que não perderam a oportunidade de tomá-lo como uma demonstração da “competitividade da economia catarinense”[4] e do “perfil empreendedor de quem está à frente dos negócios”[5].

Fugindo das explicações ufanistas, neste texto elencamos cinco razões pelas quais Santa Catarina liderou a geração de empregos formais em 2020:
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