Por: Matheus Rosa[1]
A tendência retrativa da produção física industrial brasileira se confirmou, mais uma vez, em novembro último, como mostra a mais recente Pesquisa Industrial Mensal do IBGE (PIM-PF). Nacionalmente, a retração na série mensal com ajuste sazonal foi de -0,2%, o sexto resultado negativo seguido da produção física nessa série, deixando inequívoco o cenário de perdas que acomete o agregado nacional do setor. Em Santa Catarina, diferentemente, os resultados de novembro apresentaram indicador de considerável reação, com expansão de 5%, o que, em parte, reverte as quedas dos dois meses anteriores. Contudo, esse é apenas o terceiro registro expansivo presente entre os resultados mensais de 2021, mostrando que a tônica retrativa também foi norma em âmbito estadual durante o último ano.
O saldo das demais UFs mostra a disparidade que se consolidou na taxa agregada de -0,2%. Das 14 UFs, 7 apresentaram resultados positivos e outras 7 registraram resultados negativos. Os melhores saldos são advindos de Mato Grosso (14,6%), Santa Catarina (5%), Pará (3,5%) e Rio Grande do Sul (1,2%). Por sua vez, as maiores retrações ficaram por conta de Amazonas (-3,5%), Ceará (-2,5%), Rio de Janeiro (-2,2%) e Bahia (-1,7%). Já São Paulo, que conta com o parque industrial mais relevante do país, registrou variação de 1%. A forte expansão de Mato Grosso, evidentemente, foi o destaque do mês, com resultado catalisado pelos setores de produtos alimentícios e de produtos de madeira.
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