Por: Lauro Mattei[1] e Victor Hugo Azevedo Nass[2]
Breves notas sobre o cenário geral do emprego no país
Ao final de novembro/21 o IBGE divulgou os resultados da PNAD Contínua relativa ao terceiro trimestre de 2021. Os principais indicadores desse instrumento estatístico são construídos com base no conceito de força de trabalho, que é a soma da população ocupada (que estava trabalhando na semana de referência da pesquisa) e desocupada (que não estava trabalhando, mas que procurou trabalho no mês de referência da pesquisa e que estava disponível para assumir uma vaga, caso encontrasse).
Considerando-se que o mercado de trabalho de Santa Catarina continua sendo impactado pelos movimentos gerais da economia do país, apresenta-se inicialmente uma breve síntese de situação geral do mercado de trabalho brasileiro em tempos de pandemia. Em primeiro lugar, se constata que a taxa de desocupação sofreu uma queda de 1,6 ponto percentuais em relação ao segundo trimestre de 2021, passando de 14,2% (Trimestre anterior) para 12,6% (3º Trimestre/21). Em termos absolutos, isso significou a existência de 13,5 milhões de pessoas desocupadas.
Espacialmente, observou-se uma redução de tal taxa em 20 das 27 Unidades da Federação (UFs) pesquisadas, sendo que as maiores taxas foram verificadas em PE (19,3%), BA (18,7%), AP (17,5%) e AL (17,1%). Já as menores taxas de desocupação foram registradas em SC (5,3%), MT (6,6%) e MS (7,6%). Todavia, quando essas informações são cruzadas por gênero e raça, as disparidades se tornam bastantes expressivas no conjunto do país. Enquanto a taxa de desocupação para os homens foi de 10,1%, para as mulheres atingiu o patamar de 15,9%. Já em relação à raça, essa taxa dos brancos foi de 10,3% e a dos pretos 15,8%.
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